O Governo lançou dois programas para estimular investimentos na revitalização de campos maduros, com a meta de duplicar a produção dos barris e com a ajuda das próprias empresas interessadas nesse desafio, esse processo pode ser acelerado.
O Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres – Reate, e o Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos – PROMAR, injetaram um ânimo a mais nos debates sobre o potencial dos campos maduros.
Visando sempre a rentabilidade e a produtividade no pré-sal brasileiro, a estatal criou um programa de desinvestimento reunindo centenas desses ativos, passando uma maioria expressiva para as mãos de companhias de pequeno e grande porte, brasileiras e estrangeiras.
Usando da mesma estratégia, a Petrobras não participa mais em outros campos, cedendo parcialmente ou passando a operação para empresas que estejam dispostas a investir no crescimento da vida útil desses ativos.
Uma estratégia que vem sendo consolidada através de seus resultados mês a mês.
Um panorama em transformação
O pré-sal continua sendo o principal responsável devido a sua alta produtividade, mas os campos de acumulações marginais vem ganhando espaço, com uma produção crescente.
Em janeiro de 2020 a produção era de 59,3 barris de petróleo por dia e em abril deste ano foi de 136,0 barris de petróleo por dia (bbl/d).
A produção das independentes cresceu devido aos novos investimentos de empresas que acreditam na capacidade de revitalizar campos maduros e pela aquisição de novos ativos.
Atualmente a Petrobrás responde por 45% desta produção de campos maduros terrestres, e há dois anos o cenário era de 90%.
Analistas da ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, preveem que os ativos produtores repassados pela estatal nos últimos anos, deverão dobrar a produção, revertendo a curva de declínio, com um aumento expansivo de mais de 120%.
A revitalização de campos maduros, oferece novas oportunidades de negócios sendo um desafio global.
Em maio, na Offshore Technology Conference (OTC), realizada em Hounston/EUA o tema foi debatido por diversos profissionais.
Rafael Bastos, atual secretário de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, afirmou na OTC: “Há oportunidades para todos os tipos de empresas, pequenos, médios e grandes, cada um dentro da sua atuação e dentro das oportunidades que possam aparecer pro Brasil”.
Com base em todos os investimentos realizados e previstos, só podemos afirmar que a revitalização de campos maduros é definitivamente um bom negócio.
Postado em 13 de julho de 2022